A mamoplastia está entre as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil. Saiba quais são as técnicas cirúrgicas possíveis e quando cada uma delas é recomendada
A mamoplastia é a segunda cirurgia plástica mais realizada no Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com destaque à procura pela colocação de silicone.
As cirurgias plásticas são vistas atualmente como um recurso seguro para promoção da autoestima e satisfação pessoal, rompendo com tabus acerca da artificialidade do tratamento. Saiba mais a seguir.
O que é mamoplastia?
A mamoplastia inclui diferentes cirurgias plásticas que envolvem a alteração estética das mamas, seja para aumento, redução ou correção de insatisfações.
Mundialmente, o implante de silicone é a cirurgia plástica mais realizada, com mais de 1,8 milhão de procedimentos ao ano, o que representa 15,8% do total.
No Brasil, são mais de 210 mil mamoplastias de aumento por ano, o que representa 14,1% do total. Esse tipo de cirurgia fica um pouco atrás da lipoaspiração, que é o procedimento mais realizado, com mais de 230 mil cirurgias anualmente.
Diferentemente do que algumas pessoas pensam, a mamoplastia pode ter indicação médica de acordo com a modalidade. Conheça cada técnica a seguir.
Mamoplastia de aumento
A mamoplastia de aumento consiste na cirurgia plástica para colocação da prótese de silicone com o objetivo de dar mais volume às mamas de pequenas proporções.
A busca pela mamoplastia de aumento mais recentemente também é realizada por mulheres que, após a maternidade e a amamentação, veem os seios ficarem com aspecto flácido e caído.
A depender da avaliação do especialista, esses casos podem ser corrigidos com esse procedimento ou com a mastopexia.
Também é comum que a mamoplastia de aumento seja associada com técnicas de lipoenxertia, especialmente em pacientes com menos gordura corporal. O objetivo da associação é entregar um contorno mamário mais natural e harmônico com o corpo.
Para a realização da mamoplastia pode ser usada a anestesia local com sedação ou geral. O procedimento é feito em ambiente hospitalar e os detalhes são vistos no planejamento cirúrgico, após a realização dos exames pré-operatórios que confirmam o bom estado de saúde da paciente.
As incisões da mamoplastia podem ser:
- Submamária: localizada na dobra inferior natural entre seios e tórax;
- Axilar: realizada na lateral;
- Areolar: circundando a aréola.
A definição do tipo de incisão a ser usada depende de aspectos como volume da prótese, estatura física da paciente, volume mamário inicial e outros.
Mamoplastia redutora
A mamoplastia redutora é uma cirurgia plástica com indicações tanto estéticas quanto funcionais, a depender do caso.
Essa cirurgia plástica pode ser recomendada para quadros de hipertrofia mamária, que é quando há um crescimento exagerado das mamas que se torna incompatível com a constituição física da paciente.
Nesses casos, podem ser observados sintomas como dores na coluna cervical e lombar, tendência a assaduras e escoriações no sulco mamário e a machucados nos ombros devido ao peso das mamas.
Principalmente na adolescência e juventude, o tamanho aumentado das mamas também pode levar a incômodos emocionais, desencadeando quadros de fobia social e isolamento.
Por tais motivos, a mamoplastia redutora pode ser realizada a partir dos 16 anos em pacientes que enfrentam desconfortos físicos ou emocionais associados à condição mediante avaliação do psicólogo e cirurgião plástico.
Para uma mama de tamanho mais proporcional ao físico da paciente é feita a remoção do tecido sobressalente, incluindo gordura, glândulas mamárias e pele. Em alguns casos, pode ser necessário o reposicionamento da aréola.
Mamoplastia reparadora
A mamoplastia reparadora é indicada para mulheres que apresentam assimetrias entre as mamas que podem estar relacionadas ao posicionamento, formato ou tamanho das mamas e aréolas.
O cirurgião plástico avalia então as particularidades do caso para recomendar a abordagem de acordo com a estética de cada mama, podendo ser indicado o uso de próteses de tamanhos distintos em cada mama ou reposicionamento da aréola e mesmo a redução de uma das mamas.
O objetivo da mamoplastia reparadora é uma mama harmoniosa entre elas e com a estrutura física da paciente em si.
Mamoplastia reconstrutora
A mamoplastia reconstrutora ou reconstrução mamária consiste nos procedimentos realizados com o objetivo de resgatar a estética das mamas após a mastectomia, procedimento de remoção parcial ou total das mamas realizado no tratamento de câncer de mama.
Nesses casos, é comum o uso do implante mamário para restaurar o volume das mamas e existem diferentes técnicas, como a micropigmentação ou uso de pele autógena, para reconstrução da aréola nos quadros em que é realizada a mastectomia total.
Mastopexia
A mastopexia, também chamada de lifting das mamas, consiste na cirurgia plástica recomendada para correção do excesso de flacidez mamária, que é mais comum após a amamentação, com a perda de tônus muscular devido à idade, após perda significativa de peso e em pacientes com tendência ao efeito sanfona.
A correção dessa insatisfação estética pode ser feita apenas com a remoção do excesso de pele que provoca o efeito caído das mamas nos casos em que o volume mamário é de tamanho satisfatório à paciente.
Em outros casos, a mastopexia pode ser associada à colocação da prótese de silicone de forma a garantir a correção da flacidez e aumento do volume.
O pós-operatório da mamoplastia
A recuperação da mamoplastia, independentemente do tipo de cirurgia realizada, depende de alguns cuidados que incluem:
- Repouso de sete a 15 dias, a depender da evolução;
- Higienização da incisão cirúrgica, que deve ser mantida seca;
- Uso do sutiã cirúrgico de um a três meses após a realização do procedimento;
- Não elevar os braços acima dos ombros entre 15 e 30 dias;
- Ficar, ao menos 15 dias, sem dirigir;
- Não expor a região operada ao sol por, pelo menos, três meses;
- Evitar dormir de lado ou de bruços pelo período de um a três meses;
- Retomar atividades que demandam esforço, como musculação, apenas com liberação médica, o que costuma ocorrer em até três meses.
O período de recuperação da mamoplastia e a adoção dos cuidados são fundamentais para minimizar as chances de complicações pós-cirúrgicas e também obter melhores resultados estéticos com o tratamento.
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Fontes
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica